A tecnologia é uma grande aliada da agricultura, e a cada safra as inovações que chegam ao mercado são ainda mais sofisticadas e capazes de transformar a produção agrícola, elevando a rentabilidade do produtor. Um dos principais destaques em 2024 será a inteligência artificial (IA), confira as tendências que selecionamos para o agro neste ano:

1) A inteligência artificial é um recurso da ciência da computação que permite uma máquina a simular uma inteligência semelhante à humana. O processo é feito de forma autônoma com base em um banco de dados. Na agricultura a IA abrange diversas áreas e possibilita gerenciar as safras e prever com mais precisão, evitando prejuízos.

Um exemplo disso é uma pesquisa realizada em 2022 pela Embrapa. O estudo aponta que o mapeamento da intensificação agrícola no Cerrado em Sorriso, no Mato Grosso, feito com suporte da inteligência artificial, apresentou um nível de acurácia de até 97%.

O deep learning é outro resultado da IA, por meio dessa técnica é possível separar sementes que contém impurezas, realizar o controle automatizado de pragas e avaliar a necessidade de replantio. Segundo a Embrapa, neste caso, a máquina aprende com base em um conjunto de algoritmos e usa várias camadas de processamento.

2) Big data é o nome dado ao número massivo de dados, que precisam de um tratamento antes de serem analisados, devido ao alto volume. Como as soluções na agricultura precisam cada vez mais serem baseadas em informações, o big data revoluciona o agro, possibilitando a criação de estratégias mais precisas.

Um exemplo do uso da tecnologia é que pesquisadores conseguiram elaborar um calendário de cultivo por meio do big data para reduzir riscos de estresses hídricos relacionados em cidades do Mato Grosso, Rondônia, Goiás e Tocantins.

O estudo foi feito a fim de entender o El Niño e Lá Niña atrelado a variabilidade de distribuição de chuvas. Segundo a Embrapa, foram usados dados do Instituto Brasileiro de Meteorologia (Inmet), da Agência Nacional de Águas do Brasil (ANA) e da Agência de Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (Noaa).

3) O uso de drones facilita a vida do produtor e em 2024 a tendência, que vem se consolidando ano a ano, será ainda mais forte. O equipamento vai além de imagens áreas, é capaz de monitorar lavouras, suas condições, pulverizar defensivos agrícolas de forma certeira, detectar falta ou excesso de irrigação.

O dispositivo ainda tem importância no combate às pragas, como aponta um levantamento realizado pela Embrapa Soja, no Paraná, que comprovou a eficácia do uso de drone no combate do percevejo-marrom.

A visão do alto proporcionada pelo drone é benefício para o produtor, que economiza tempo e reduz perdas no plantio.

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