Os recentes acordos firmados entre Brasil e China marcam um avanço significativo para o agronegócio brasileiro. Durante a visita oficial do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil, na última semana, foram celebrados 37 acordos bilaterais, sendo seis diretamente ligados ao setor agropecuário. Essas iniciativas resultaram na abertura de cinco mercados, na habilitação de 38 plantas frigoríficas e no fortalecimento do Brasil como um dos principais exportadores agrícolas globais.

A diversificação da pauta de exportações brasileiras para a China, um mercado com mais de 1,4 bilhão de habitantes, não apenas amplia o alcance dos produtos nacionais, mas também estimula a produção agropecuária em diferentes regiões do país. Esse movimento reflete diretamente no desempenho do Brasil no cenário global, como aconteceu com o algodão, em que o país superou os Estados Unidos na liderança mundial de exportação.

Além das novas oportunidades para produtos agrícolas, um dos acordos mais expressivos foi firmado para a compra de 240 mil toneladas de café brasileiro entre 2025 e 2029. Esse contrato, avaliado em US$ 2,5 bilhões, multiplica por seis o valor do café exportado para a China em 2022, reforçando o papel do Brasil como maior exportador mundial do produto.

Outro ponto de destaque é o aumento das habilitações de frigoríficos brasileiros para exportação à China, que alcançou a marca de 38 novas plantas em 2023. A China, que já é o maior destino da carne bovina brasileira, representando 51,6% das exportações do setor, reforça sua posição como principal mercado do produto.

A aproximação entre os dois países também promoveu a assinatura de memorandos voltados à cooperação técnica, científica e comercial, como o intercâmbio em tecnologia de pesticidas e a colaboração na regulação de mercados agrícolas.

Com as exportações agropecuárias brasileiras para a China somando US$ 60,24 bilhões em 2023 – um recorde histórico e um crescimento de US$ 9,53 bilhões em relação ao ano anterior.