O Brasil consolidou sua posição como o maior exportador de carne bovina do mundo, impulsionado pelo crescimento da demanda internacional e pela forte presença no mercado chinês. Em 2024, a China liderou as importações globais de carne bovina, movimentando US$ 14 bilhões, dos quais 45% foram fornecidos pelo Brasil. Com um rebanho bovino de 192,5 milhões de cabeças, o país mantém sua competitividade, mesmo diante de um ciclo de liquidação de rebanho que reduziu a oferta para abate nos últimos anos.

Agora, um novo horizonte se abre com o retorno ao mercado japonês. A possível reabertura desse importante destino representa uma oportunidade estratégica para a carne brasileira, que precisa se posicionar diante de concorrentes consolidados como Estados Unidos e Austrália. O desafio não está no volume de produção, mas na capacidade de atender às rigorosas exigências sanitárias e ao padrão de qualidade exigido pelo consumidor japonês.

Se bem-sucedido, o Brasil poderá conquistar uma fatia significativa do mercado japonês de carne bovina, ampliando ainda mais seu domínio global. A disputa será intensa, mas a robustez da pecuária brasileira e sua capacidade de adaptação às demandas internacionais podem fazer a diferença.

O caminho para fortalecer ainda mais a posição do Brasil como líder mundial em exportação de carne bovina passa por diversificação de mercados, investimento em genética, inovação na produção e o compromisso contínuo com qualidade e sustentabilidade.