Pouco oferta e preços melhores do boi gordo
Os cálculos são bem atuais, em um ano, o boi gordo teve alta de 54%. Só neste ano de 2021 os preços pagos pelas indústrias processadoras subiram 10%, segundo dados do Cepea, Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada ligado à Universidade de São Paulo.
O país é o maior exportador de carne bovina, e os custos da compra chegaram a níveis recordes, pressionando as margens praticadas pelos frigoríficos. A arroba do boi passou dos R$ 300, e esse aumento de despesas é ponto de reclamação, já que não conseguem passar para o consumidor final e nem mesmo nas exportações.
Com este cenário foi reduzido o envio de fêmeas para o abate, e elas ficaram mais atrativas comercialmente para produção de bezerros. O resultado é uma oferta menor para abate, em contrapartida uma procura maior pelo mercado externo, especialmente a China, e preços pagos pelos frigoríficos mais altos.
A vantagem do Brasil tem sido os animais alimentados a pasto, e a perspectiva, no médio prazo é que com a oferta de bezerros os preços devem reduzir nos próximos anos, o que favorece o ciclo de manter fêmeas nas pastagens.
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