Mercado de inseminação artificial pode crescer 25% este ano
Com a demanda aquecida não só no Brasil, mas também no exterior, o mercado de inseminação artificial pode ter um respeitável crescimento neste ano, a estimativa é do presidente da Asbia – Associação Brasileira de Inseminação Artificial.
O protagonismo se dá, em um momento que os criadores estão muito focados em adquirir genética bovina da melhor qualidade, e enxergam um espaço, já que o custo das tecnologias ofertadas não são altos.
No primeiro trimestre deste ano, o setor calcula que terá um crescimento de 25%, estimava apresentada por Márcio Nery, presidente da Asbia durante a Expozebu. Ele avalia que mesmo com o quadro da epidemia, que vem desde 2020, as vendas se mantêm aquecidas. “É um investimento de baixo custo, levando em consideração o aumento da soja, do milho e da energia, a inseminação artificial representa menos de 1% do custo da produção de um litro de leite ou de uma arroba de carne”, esclareceu.
Ele aponta ainda a redução de custos, sendo que o melhoramento genético proporciona uma produção mais sustentável, já que atua sobre precocidade sexual, eficiência alimentar e resistência a doenças. “É o único insumo permanente que o produtor coloca da porteira pra dentro, indo direto na relação de sustentabilidade, aumentando a produtividade em até quatro vezes, sem agredir um palmo de floresta e com o mesmo rebanho”, disse ele.
Os dados atuais da Asbia mostram que 79% dos municípios brasileiros utilizam a tecnologia da inseminação artificial no melhoramento dos rebanhos. A produção de sêmen no país cresceu 36% no ano passado. E no mercado internacional não foi diferente, foram comercializadas 500 mil doses. Os principais compradores foram os países da América Central, África, Ásia, Oceania e região Sul dos Estados Unidos.
Outra constatação de Nery é sobre o interesse do mundo pelo material genético produzido no Brasil, que é crescente. “Podemos chegar facilmente a um milhão de doses exportadas. Existem grandes demandas na Ásia e na Índia, e nós, da Asbia, juntamente com o Mapa e a ABCZ, estamos trabalhando para melhorar os protocolos sanitários para atingirmos novos mercados”, conclui.
Com informações da ABCZ
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