Milho: demanda aquecida pode levar à importação do produto
Os preços subiram muito, isso por conta de uma alta demanda do produto. E a importação do milho já é fato. A Associação Brasileira de Produtores de Milho, a Abramilho, admitiu em nota oficial, que existe a possibilidade de compra do produto. A nota foi assinada pelo presidente da entidade, Cesario Ramalho, e divulgada na última sexta-feira. “A Abramilho é defensora histórica do livre comércio e enxerga com serenidade a eventual importação de milho de países de fora do Mercosul, sobretudo dos EUA, como reforço momentâneo ao abastecimento interno”.
Sobre o pedido dos produtores para importar milho transgênico diante do cenário de escassez, e a avaliação da CTNBio sobre a entrada de milho dos EUA, a entidade disse apenas que “em relação à transgenia, as decisões da CTNBio têm como base a ciência.
A entidade também se manifestou sobre a safra brasileira, que vem avançando, o que confirmaria o grande potencial alimentício e energético do grão. “O produtor vem ano a ano incorporando novas tecnologias em insumos – sementes, defensivos, fertilizantes -, maquinário, mão de obra qualificada e mais recentemente adicionando as ferramentas digitais em busca de ganhos contínuos de produtividade” – declara a nota.
E reconhece ainda, o milho, como o principal insumo para agroindústria de carnes e importante matéria-prima básica para indústria alimentícia, ganhando a demanda de etanol, o que abre espaço na cadeia produtiva “uma nova fronteira de negócios”. Outro ponto é o crescimento na exportação pela alta qualidade do grão.
A Abramilho reconhece a demanda aquecida que veio junto a quebra de safra devido a estiagem e também incidência de pragas, o que gerou um cenário de restrição na oferta e preços altos. E aproveita o comunicado para se posicionar sobre a importância de impulsionar a produção nacional. “A entidade acredita que o Brasil precisa de um plano estratégico, que tenha apoio direto do governo, de incentivo ao cultivo do grão. O produtor precisará do suporte de um plano, ancorado em novas tecnologias, seguro rural, crédito equilibrado, mecanismos didáticos e eficientes de comercialização antecipada, entre outros pontos”- diz.
Na nota, a Abramilho, ressalta ainda que tem mantido diálogo constante com representantes da cadeia produtiva, recomendando sempre que seja possível, a compra antecipada do produto a fim de garantir o abastecimento do setor de proteína animal.
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