Agropecuária em alta contribuiu para superávit da balança comercial brasileira
Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia apontam um recorde de exportações, saldo e corrente comercial em junho e no primeiro semestre de 2021. O saldo comercial foi o mais alto tanto para junho quanto para qualquer mês do ano, com US$ 10,4 bilhões – subindo 59,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. A agropecuária fechou o período com uma taxa expressiva de 24,9%, num total de US$ 6,12 bilhões. No acumulado do primeiro semestre de 2021, a alta foi de 28,2%, com um volume de transações de US$ 32,28 bilhões.
Já nas importações, o setor cresceu 61,1%, o que representa US$ 460 milhões no mês. Nos primeiros meses de 2021, o acumulado é de 22,4%, totalizando US$ 2,51 bilhões. O movimento de crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: trigo e centeio não moídos (45,6%), Milho não moído, exceto milho doce (3.410,2%) e Soja (181,9%) na Agropecuária.
Sob a perspectiva de toda a economia nacional, as vendas para o exterior atingiram o recorde para o mês, com US$ 28,1 bilhões – o anterior havia sido em junho de 2011, com US$ 22,5 bilhões – e para qualquer mês do ano, já registrado da série histórica desde 1997. O crescimento foi de 60,8% em relação a junho do ano passado, motivado principalmente pelo aumento dos preços e pelo aumento do volume exportado.
As importações também apresentaram um incremento de 61,5%, com elevação da quantidade (+41,3%), mas também dos preços (+13,5%), chegando a US$ 17,7 bilhões. Nesse caso, não houve recorde, apesar do crescimento, pois em junho de 2011 as importações chegaram a quase US$ 20 bilhões.
Os resultados econômicos dos seis primeiros meses fizeram com que a Secex elevasse as projeções da balança comercial até o fim do ano. Mesmo diante de um ambiente conturbado no país, as previsões são otimistas. O governo estima que as importações cheguem a US$ 202,2 bilhões, valor 27,3% maior que em 2020. Já nas exportações, a previsão é que o valor chegue a US$ 307,5 bilhões, com crescimento de 46,5%. Seria a primeira vez que o Brasil ultrapassaria a marca de US$ 300 bilhões no ano.
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