Balança comercial do agronegócio brasileiro cresce 20% em 2021
O saldo da balança comercial do agronegócio brasileiro foi positivo em 2021, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O resultado foi de US$ 105,1 bilhões, 19,8% acima do ano anterior, com grande influência dos preços internacionais das commodities. As exportações atingiram o recorde histórico de US$ 120,6 bilhões e os 15 principais produtos enviados para o exterior – que representaram 89,5% – tiveram alta nos preços médios, alguns acima de 20%.
Apesar do período de quase três meses em que a carne bovina brasileira não pode entrar na China, a pecuária apresentou tendência de crescimento a partir de setembro de 2021. A retomada dos embarques da proteína para o gigantesco mercado asiático, em dezembro, contribuiu positivamente para o resultado anual das exportações.
Aliás, os chineses permanecem como os principais compradores dos produtos do agronegócio brasileiro. Somente para o país, os embarques somaram US$ 41,02 bilhões no ano passado, um aumento de 20,6% em relação ao período anterior. Os principais produtos vendidos foram a soja em grãos (70,2%), a carne bovina (39,2%), a celulose (43,4%), o açúcar (15,6%), a carne suína (47,7%), a carne de frango (14,3%) e o algodão (28,9%).
Para a pesquisadora associada do Ipea, Ana Cecília Kreter, uma das responsáveis pela nota, a exportação de carne para a China aumentou, apesar de o consumo continuar inferior ao de outros países: China (6,6 g/dia) permanece distante dos Estados Unidos (38,6g/dia), do Brasil (36,3 g/dia) e da União Europeia (14,7g/dia).
“Isso sinaliza que a demanda para 2022 pode permanecer aquecida pelo país asiático. Na medida em que a renda média do país avança e mais pessoas são incluídas na economia de mercado na China, vem crescendo o consumo de produtos de maior valor agregado, como as proteínas animais”, concluiu Kreter.
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