Rússia e Ucrânia assinam acordo para exportar grãos e fertilizantes
O acordo dos dois países com a Organização das Nações Unidas - ONU foi assinado separadamente na última sexta-feira. Ele vai permitir a exportação de grãos e fertilizantes pelo Mar Negro. A estimativa é que desde o início da guerra 22 milhões de toneladas de grãos ficaram retidos na Ucrânia, o que impactou diretamente nos preços dos produtos agrícolas e provocou escassez de alimentos pelo mundo.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que o plano chamado de “Iniciativa do Mar Negro” vai abrir caminho para volumes significativos de exportações comerciais de alimentos de três portos ucranianos importantes no Mar Negro: Odessa, Chernomorsk e Yuzhni.
A expectativa é que os primeiros carregamentos de grãos vão distribuir cinco milhões de toneladas de grãos ucranianos e outros alimentos para o mercado mundial por mês. O que vai liberar espaço de armazenamento nos silos da Ucrânia para grãos recém-colhidos.
O acordo prevê o estabelecimento de um centro de controle em Istambul desde sábado, dia 23, com funcionários de Turquia, Rússia, Ucrânia e da ONU administrando e coordenando as exportações de grãos. Os navios seriam inspecionados para garantir que não haverá o transporte de armas.
O acordo assinado em Istambul será válido por 120 dias, e espera-se que seja renovado continuamente para normalizar a exportação de grãos nos próximos meses.
Lembrando que a Ucrânia é um dos maiores exportadores mundiais de trigo, milho e óleo de girassol, mas a invasão russa do país e o bloqueio naval de seus portos interromperam os embarques. Alguns grãos estão sendo transportados pela Europa por via férrea, rodoviária e fluvial, mas os preços de commodities como trigo e cevada dispararam durante os quase cinco meses de guerra.
Segundo relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (Fao), 13,1 milhões de pessoas podem enfrentar a fome em 2022 se o conflito continuar. Porque a crise também disparou os preços dos alimentos em todo o mundo.
A ONU acredita que o acordo entre as partes é “sem precedentes” e um “farol de esperança” no Mar Negro.
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