Mapa discute incentivo e políticas públicas para práticas sustentáveis
Para oferecer melhores condições de financiamento aos produtores que se mostrarem comprometidos com a sustentabilidade, o Mapa se reuniu em São Paulo com 40 representantes de indústrias de bioinsumos, de empresas que trabalham com crédito de carbono, com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e Universidades, para esboçar uma política pública de incentivo.
O encontro foi uma iniciativa da Assessoria Especial para assuntos estratégicos do ministro Carlos Fávaro, da Secretaria de Política Agrícola e da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Mapa.
Durante o evento foram coletadas sugestões para incentivo à agricultura de baixo carbono e levantadas as oportunidades para a ampliação do uso de bioinsumos. Estes temas são capazes de promover rápida alavancagem na promoção de agricultura sustentável.
As reuniões aconteceram na Superintendência Federal de Agricultura no Estado de São Paulo (SFA-SP). O assessor especial Carlos Ernesto Augustin disse que recebeu do governo federal a missão de promover um setor agropecuário mais sustentável e ainda mais competitivo. “Foi uma primeira abordagem para a prioridade do governo em recuperar áreas degradadas, e também ampliar as práticas sustentáveis conectando-as com o mercado de carbono. Colhemos as ideias do setor de bioinsumos e de carbono para estruturar uma estratégia de financiamento diferenciado”, afirmou.
- Foto: Ana Maio - SFA/SP - Fonte: gov.br/agricultura -
No início eles esperam que pelo menos 30 milhões de hectares de pastagens degradadas – de um total de aproximadamente 70 milhões nessa condição – sejam recuperados por meio de práticas agrícolas sustentáveis. Uma das ideias é oferecer melhores condições de financiamento aos produtores que se mostrarem interessados a oportunidade.
A política para esta iniciativa ainda terá os detalhes definidos pelas equipes técnicas do Mapa. “Queremos oferecer um maior estímulo financeiro e creditício para que o produtor adote práticas cada vez mais sustentáveis, considerando aspectos ambientais, sociais e econômicos”, disse Augustin. O assessor destacou a necessidade de adoção de um mecanismo de controle simples e facilmente aplicável, que atraía pequenos, médios e grandes produtores, e que permita uma comunicação eficaz dos resultados.
Renata Miranda, secretária de Inovação do Mapa, lembrou que a inovação é um motor importante de transformação da agropecuária brasileira e políticas públicas propositivas podem induzir movimentos importantes como a conversão para aumentar a intensificação sustentável, bem como o aumento da eficiência e competitividade da agricultura brasileira.
Jonathas de Alencar Moreira, da Secretaria de Política Agrícola, disse que o uso de bioinsumos pode ser financiado pelo Plano Safra com taxas ainda mais atrativas, que deve ser anunciado entre o final de maio e início de junho. “Quanto mais simplificado o mecanismo, mais chance de sucesso”, afirmou.
A superintendente Andréa Moura encerrou a reunião dizendo que os empresários e produtores não precisam temer o diferente, porque o agro brasileiro é tão diverso que permite práticas complementares. “É preciso regular, criar regras e parâmetros claros para que haja transparência, inclusive para fora do país”, concluiu. Na reunião foi sugerida também a criação de câmaras setoriais específicas para carbono e bioinsumos.
Com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
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