Mercado do boi gordo encerra outubro em alta, impulsionado por oferta curta e exportações recordes
O mercado do boi gordo fechou outubro em ritmo de valorização em praticamente todas as regiões do país, sustentado pela combinação entre oferta limitada de animais prontos para abate e demanda firme dos frigoríficos. De acordo com dados do Cepea, as cotações subiram em todas as 28 praças monitoradas, com destaque para Goiás, Rio Verde e Tocantins, onde a alta chegou a 5% no mês. Em São Paulo, Triângulo Mineiro e Oeste da Bahia, o avanço foi de cerca de 3%, reflexo das escalas curtas de abate e da dificuldade das indústrias em garantir volume suficiente para atender à demanda interna e às exportações.
No mercado paulista, o boi gordo foi negociado entre R$ 315 e R$ 320 por arroba. O indicador DATAGRO encerrou o mês a R$ 318,58/@, refletindo um mercado firme e com viés de manutenção dos preços no curto prazo. As escalas médias seguem curtas, entre sete e oito dias úteis, o que reforça a limitação na oferta de animais terminados.

O cenário de otimismo é reforçado pelo desempenho das exportações de carne bovina. O Brasil embarcou 276,4 mil toneladas de carne in natura até a quarta semana de outubro, alta de 25% em relação ao mesmo período de 2024. A China segue como principal destino, mas com crescimento expressivo também para Emirados Árabes, Chile e Estados Unidos. Na B3, o contrato futuro para outubro de 2025 encerrou cotado a R$ 317,05/@, mantendo estabilidade e refletindo um mercado sustentado por fundamentos positivos.
Com oferta curta, exportações em ritmo acelerado e consumo interno em recuperação gradual, o setor encerra o mês de outubro em clima de confiança. Para novembro, analistas preveem continuidade da firmeza nas cotações e possibilidade de novas altas, cenário que traz alívio ao pecuarista após meses de volatilidade e margens apertadas.
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